Consistência defensiva do Brasil impossibilitou que Sérvia e Suíça levassem perigo para o gol brasileiro
O goleiro Alisson Becker passou os dois primeiros jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo no Catar – contra a Sérvia e contra a Suíça – sem precisar fazer uma única defesa, virando quase um espectador dentro de campo.
Esta é a primeira vez em 24 anos que uma seleção passa os dois primeiros jogos sem ver sua meta ameaçada, e apenas a segunda nos últimos 56 anos. Os dados, levantados pela empresa Optasports, especializada em estatísticas esportivas, retratam de forma mais clara a solidez defensiva do Brasil.
“É uma marca da nossa equipe. Nossos números falam por si só. Mas isso não é só trabalho da linha defensiva: a marcação começa com os atacantes, com o trabalho que estamos fazendo. É um trabalho de equipe”, avaliou Alisson.
Até aqui, o goleiro do Liverpool foi acionado apenas em interceptações pelo alto, sem qualquer perigo. Na estreia, a Sérvia deu cinco chutes, mas nenhum deles tomou o caminho do gol. A Suíça, por sua vez, finalizou quatro vezes, mas todas foram bloqueadas antes mesmo de chegarem em Alisson.
“Nossa equipe defende muito bem. Não é só defender com os zagueiros, meio campo ou laterais. Começa com os caras lá na frente”, reforçou o preparador de goleiros da seleção, o ex-goleiro Taffarel, campeão do mundo na Copa de 1994. “A gente aprendeu, de uns anos pra cá, que o Brasil não é só espetáculo”, disse.
Em entrevista coletiva, Taffarel considerou que o fato de Alisson não ter sido exigido até o momento na Copa do Mundo não atrapalha sua preparação para o restante do Mundial. “A gente vê ele muito ligado e atento no jogo, e isso é uma forma de também participar. Às vezes comunicando, acompanhando 100% as jogadas”, pontuou.
“Ele está focado, ele quer participar, ele está preparado. Ele veio para a Copa mostrar o seu trabalho também. Mas eu sei que para o treinador e para quem está de fora, é muito melhor quando ele não participa”, afirmou.