Em quem pensa o governador?
Já caminham, embora ainda por estradas incertas, as tratativas para as eleições que vão acontecer no próximo ano. Partidos da base aliada do governo e da oposição começam e se posicionar em confabulações, ainda blindadas por segredos, para definir principalmente as chapas majoritárias (governo e senado) que deverão se enfrentar em um dos pleitos mais concorridos da nossa história política.
Embora ainda sem a definição de um nome para chamar de seu, o lado do governo se mostra com muito maior densidade que qualquer outro opositor, por conta do percentual natural de quem está no poder e amparado na excelente administração do governador Renan Filho, que é avaliado como um dos melhores gestores dos últimos tempos, com elevado conceito a nível local e nacional.
O governador tem se sobressaído, quando a maioria dos seus colegas sofre desgastes, por conta de uma administração de resultados positivos. A própria pandemia o colocou no topo da avaliação positiva, pelo seu protagonismo a nível nacional. Teve coragem e se arriscou politicamente ao adotar medidas amargas na prevenção e adoção de restrições sociais, bateu de frente com setores empresariais e classistas, que tiveram que se render para evitar a propagação do vírus.
Construindo em plena crise
Em plena crise construiu e equipou hospitais e bases de saúde, muito importantes para combater a pandemia (o único governador que entregou hospitais novos e totalmente equipados no país). Na educação está fazendo uma revolução de obras e valorização dos profissionais, escolas reformadas, construídas e ampliadas, prontas para a retomada das aulas presenciais. Na infraestrutura rasgando e duplicando estradas, incentivando e atraindo novos investimentos no turismo, gerando empregos e rendas.
O funcionalismo está recebendo dentro do mês trabalhado, outro fato inédito, além de ainda conceder aumento de salários e a realização de concursos em todas as áreas da administração.
No meio do caminho, uma pedra
Se houvesse a possibilidade de um terceiro mandato, caso a legislação eleitoral permitisse, o governador seria imbatível e sem concorrentes à altura de um embate. Desfez completamente a “maldição do segundo mandato” quando tem o segundo período de administração mais bem avaliado que o primeiro.
O problema é que Renan Filho, com todo esse acervo eleitoral que carrega, está tendo dificuldade em escolher o seu sucessor. Cometeu o pecado de sempre: não preparou um nome para lhe suceder e não se vê em seu entorno nenhum nome que se diga: esse é o cara!
Não que não tenha a seu lado nomes preparados para a missão e tem vários, mas o problema é fazer desse nome um potencial aglutinador de votos em tão pouco tempo.
Na lista entre outros Maurício Quintella, Rui Palmeira, Alexandre Ayres, Alfredo Gaspar, Rafael Brito, José Wanderley, apenas para citar alguns.