Ministro da Justiça participou de homenagem a profissionais que agiram contra os atos extremistas em Brasília
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta 6ª feira (13.jan.2023) que as operações que miram os extremistas que participaram dos atos de vandalismo em Brasília, em 8 de janeiro, não se tratam de “perseguição política” mas de fazer cumprir a lei.
“Temos que levar isso não por vingança, mas [segundo] o que a lei manda. Se não fizermos isso, estaremos cometendo um crime”, declarou.
“Pelo amor de Deus, acabou a eleição de 2022. Entendam definitivamente isto. E se preparem para a próxima. Haverá outra em 2026”, afirmou o ministro.
Dino participou de um evento organizado pelo Ministério da Justiça para homenagear os profissionais da PF (Polícia Federal) que participaram dos trabalhos depois dos atos extremistas em Brasília, no domingo (8.jan).
O evento foi chamado de “Cerimônia de Homenagem aos Profissionais Envolvidos na Operação de Garantia da Democracia e Preservação do Estado de Direito”. O diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, e o interventor federal na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, também participaram.
Dino afirmou que a PF realizou a maior operação de polícia judiciária da sua história, no trabalho de lavratura dos autos de prisão em flagrante dos extremistas que estavam na Praça dos Três Poderes e no acampamento em frente ao Quartel General do Exército.
“A cada ameaça que se processa, de fechamento de estradas, refinarias, quantos milhões são gastos para proteger o patrimônio público?”, questionou Dino. “Esses mesmos terroristas querem deixar regiões brasileiras sem energia elétrica, e não pensam que deixar um hospital sem energia é criminoso. E quantos milhões são gastos para evitar que terroristas destruam infraestruturas críticas. É preciso união nacional para proteger o interesse público”.
Em sua fala, Cappelli disse que tem confiança na PM-DF (Polícia Militar do Distrito Federal). Afirmou que a corporação está “machucada” pelos atos do 8 de Janeiro.
“Não é fácil o momento para a Polícia Militar, mas tenho certeza que, separando o joio do trigo e fortalecendo a corporação, valorizando, a gente vai retomar a confiança de todos”, declarou o interventor.
Andrei Rodrigues disse que os trabalhos depois do 8 de Janeiro foram uma “operação de Estado”.
“Essa é uma operação de Estado, conjunta, integrada e não queremos personalismos nem louros para uma instituição”, declarou.
“Isso demonstra que, unidos, cada instituição dentro da sua atribuição legal, a gente é muito forte”, disse. Rodrigues agradeceu os integrantes da PF e o ministro Flávio Dino, pela “liderança e comando“.