Flávio Dino diz que uma data ainda não foi marcado para retorno de ex-ministro ao Brasil.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta 6ª feira (13.jan.2023) que o governo dará início às tratativas para pedir a extradição de Anderson Torres se ele não se entregar até a próxima 2ª feira (16.jan). Segundo Dino, ainda não foi marcada uma data para que Torres retorne ao Brasil.
O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal está nos Estados Unidos.
“Tivemos anúncio pelo Anderson de que iria, nos próximos dias, a contar da decretação da prisão, se apresentar, essa apresentação não houve ainda a marcação da data. Vamos aguardar até 2ª feira, desejamos que essa apresentação ocorra, porque isso vai ajudar o andamento das apurações”, afirmou o ministro. “Caso na próxima semana isso não se confirme, por intermédio de mecanismos de cooperação jurídica internacional vamos deflagrar os procedimentos de extradição.”
A ordem de prisão foi dada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre Moraes, na 3ª feira (10.jan), em resposta a representação apresentada pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.
No dia seguinte, a maioria dos ministros da Corte, (9 a 2) confirmou a prisão do ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro (PL). O Supremo também referendou a ordem de prisão de Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal).
Torres e Vieira são acusados por autoridades de omissão em relação aos atos extremistas e as invasões às sedes dos Três Poderes da República em Brasília no 8 de Janeiro.
O ex-ministro de Bolsonaro foi demitido da Secretaria de Segurança Pública do DF por ordem do governador, agora afastado, Ibaneis Rocha (MDB) no mesmo dia em que os extremistas invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF.
No mesmo julgamento, o plenário também manteve o afastamento do governador do DF. Pela decisão, o prazo inicial do afastamento é de 90 dias.
A PF (Polícia Federal) encontrou na casa de Torres uma minuta para o então presidente Bolsonaro decretar Estado de Defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília.
O objetivo do documento seria mudar o resultado da eleição. O ex-presidente perdeu o pleito para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).