Procurador-geral da República informou número ao presidente da Câmara, Arthur Lira, durante reunião nesta 2ª feira (16.jan)
O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que o MPF (Ministério Público Federal) já tem 40 denúncias prontas contra envolvidos nos atos extremistas de 8 de Janeiro, em Brasília. O número foi apresentado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em reunião nesta 2ª feira (16.jan.2023) na PGR (Procuradoria Geral da República).
No encontro, Lira entregou ao procurador uma notícia-crime com informações das ações de apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que invadiram a Praça dos Três Poderes em Brasília. Na 6ª feira (13.jan), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também forneceu uma representação sobre as destruições na Casa Alta, causada por extremistas.
“Hoje já temos 40 denúncias prontas. E associaremos até 6ª feira [20.jan.2023] as novas denúncias que poderão ser acompanhadas de medidas cautelares para essas pessoas que foram presas depredado e invadindo a Câmara Federal, ou se não houver elementos para a denúncia, providenciaremos os inquéritos”, disse Aras.
Ao receber o documento de notícia-crime de Lira, o procurador-geral afirmou que o MPF “tomará todas as medidas cabíveis junto às autoridades judiciais para apurar e punir os responsáveis pelos atos e, sobretudo, para impedir que os fatos como os registrados no dia 8 de janeiro jamais voltem a acontecer no país”.
Segundo ele, o Ministério Público está trabalhando para garantir a “adequada apuração e responsabilização dos envolvidos”.
Lira também reafirmou a gravidade dos fatos e a importância de uma “apuração rigorosa” e declarou que a advocacia da Câmara dos Deputados está à disposição para auxiliar nas investigações. “Esperamos que o Ministério Público cumpra o seu papel e promova a responsabilização, não só por causa da depredação, que é grave, mas sobretudo por causa dos atentados sofridos pelas instituições”, disse.
As investigações dos atos extremistas de 8 de Janeiro estão sendo conduzidas por um grupo estratégico de “Combate aos Atos Antidemocráticos”, criado por Aras.