Ditadura derrotada
“Não, não concordo. E, enquanto eu estiver vivo, isso não acontecerá.” Estas teriam sido as palavras ditas pelo capitão-paraquedista Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho, conhecido como Sérgio Macaco, a seu superior, o brigadeiro João Paulo Burnier em 12 de junho de 1968. Na mesa de Burnier estava um ousado plano que deixaria pelo menos 10 mil mortos no Rio – e a culpa seria atribuída “aos comunistas”.
Burnier previa explosão de bombas em alvos específicos como lojas, agências bancárias e a sede da embaixada americana e tinha uma lista de 40 personalidades de oposição que deveriam ser sequestradas e lançadas, de avião, no meio do oceano – entre os nomes, o cardeal d. Helder Câmara, o ex-presidente Juscelino Kubitschek e o ex-governador da Guanabara Carlos Lacerda.
A bomba do Riocentro, em 1981, planejada para explodir, matar e causar pânico incriminando a esquerda, foi o início da derrocada da Ditadura Militar. Como o capitão Sergio Macaco, muitos heróis brasileiros, confrontaram a repressão assassina,
Meu amigo palaciano
Tenho um velho amigo cuja nossa relação nasceu no ano de 1988, quando cursei minha pós-graduação em Ciências Políticas, na Universidade de Brasília, lá se vão 36 anos , voltei para Alagoas e ele, após passar algum tempo na África e Europa, onde fez seu Doutorado e ao retornar passou a ser professor na própria UnB, na qual estudamos. Desempenhou funções destacadas no Congresso Nacional e alguns Ministérios, assessorou, diretamente, 2 presidentes da República e recusou um convite pra assumir o cobiçado cargo de ministro do Tribunal de Contas da União, pois segundo ele, ainda muito moço, não queria uma função que tolhesse suas inquietudes e o tornasse um “burocrata de elite”.
Hoje, já aposentado formalmente, suas opiniões e conselhos permeiam o palácio do planalto, o senado e o Itamaraty. Ninguém sabe como ele das entranhas do poder em Brasília. Por ele sei até noticias de Alagoas. É ou não uma fonte abundante?
Mamata religiosa
(BRASÍLIA) – Está na Câmara dos Deputados o projeto de lei que dispensa líderes religiosos de pagar impostos sobre valores recebidos em razão das suas atividades, independentemente de regulamentação pelo Poder Executivo.
Segundo a proposta, a isenção de tributos se aplica a valores recebidos de instituições religiosas por pastores, padres e similares mesmo em condições diferenciadas.
Vá um pobre assalariado pedir algo parecido, que é capaz até de ser preso, como “subversivo”
Justiça reprovada
(BRASÍLIA) – Não nos bastasse o deplorável nível de nossos políticos que serve de galhofas, memes e indignação nacional, quer seja pelo comportamento aético e nada republicanos, estamos nós alagoanos agora diante de mais um espetáculo a nos rebaixar diante de todos. O Conselho Nacional de Justiça acaba de classificar o Judiciário de Alagoas como o mais ineficiente entre todos os estados. Lentidão processual, taxa alarmante de erros nos processos judiciais, problemas como documentos faltantes, informações incorretas ou falsas.
O cenário aqui é caótico: Em com 31,2% das ações apresentando falhas graves e prejudiciais às partes envolvidas.
Água é vida
O senador Renan Filho, quando governador privatizou a água e feriu a vida dos alagoanos, que hoje sofrem as consequências de uma ação irresponsável e até criminosa. Os únicos a comemorar foram os prefeitos que receberam milhões pelo negócio que “deu com os burros na água”, literalmente. Agora começam a estourar os problemas com serviços precários e as populações revoltadas.
Tirando privilégios
O senador Flávio Dino, ex-ministro da Justiça, decidiu apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com os privilégios de juízes, promotores ou militares que cometerem delitos graves. A proposta do senador é que nesses casos a pena seja a exclusão do serviço público. Hoje, magistrados quando flagrados na corrupção ou em qualquer outra atividade criminosa são aposentados compulsoriamente sem perdas salariais. Militares do Exército são encaminhados para a reserva e garantem pensões vitalícias para esposas e filhos.
Governadora agredida
Um áudio em que o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Álvaro Porto, diz que a governadora Raquel Lyra falou “merda” em seu pronunciamento na retomada dos trabalhos no Legislativo pernambucano continua gerando polêmica.
O diretório nacional do PSDB, partido ao qual Porto e Lyra são filiados, repudiou os comentários e afirmou ter havido uma “agressão” contra a governadora. O deputado poderá sofrer sanção disciplinar. Eles imaginam que tudo podem.
Silêncio criminoso I
O Senador Renan Calheiros deu com os burros n’agua em sua pretensão de aparecer no palco da CPI da Braskem, cuja proposta de criação foi sua. Foi barrado na vontade de ser o relator e se desesperou . Nervoso, agrediu o presidente da comissão, senador Omar Aziz e disse sobre “silêncio criminoso” em relação não desastre em Maceió. Levou o troco: “ vou desenterrar todos os cadáveres nessa história” em referência ás relações passadas entre Calheiros e a empresa .
Silêncio criminoso II
Na sessão de instalação da CPI da Braskem, preterido em seu sonho em ser o relator, Renan Calheiros, ficou colérico e gritou sobre a história do desastre :” um silêncio criminoso” . Mordeu a língua , pois o maior silêncio foi do próprio senador, que demorou cinco anos para se pronunciar sobre caso e também do seu filho, o ministro Renan Filho , que governou Alagoas por oito anos e não moveu numa palha , em defesa da preservação dos bairros atingidos . Fez segredo até da indenização milionária , que recebeu, por um imóvel simples, na área afetada.