Presidente Lula cogitou de demitir ministro Renan Filho
Fontes próximas ao Palácio do Planalto revelaram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou profundamente irritado ao ser informado do colapso de uma ponte que conecta os estados do Maranhão e Tocantins, ocorrido no último domingo (22). O desastre resultou em pelo menos quatro mortes confirmadas e 13 desaparecimentos, além de envolver veículos de grande porte carregados com materiais perigosos, como ácido sulfúrico e defensivos agrícolas, levantando temores de contaminação do rio Tocantins.
Segundo relatos, Lula não conteve a indignação e, entre palavrões, ordenou que a Polícia Federal (PF) investigasse imediatamente as causas e responsabilidades pelo acidente. A crítica do presidente se voltou, em especial, ao Ministério dos Transportes, comandado pelo senador Renan Filho. Ele teria manifestado insatisfação com o foco da pasta em inaugurações de obras em detrimento da recuperação de estruturas deterioradas, como rodovias e pontes, que oferecem menor visibilidade política.
A ponte em questão era alvo de promessas feitas por Lula durante sua campanha presidencial em 2022, quando se comprometeu a atender pedidos de aliados para restaurações de infraestrutura na região. A falta de ações preventivas nesse caso levanta questionamentos sobre o cumprimento desses compromissos e evidencia as consequências da negligência em investimentos na manutenção de estruturas críticas.
Polícia Federal já mobilizada
Em resposta à determinação do presidente, a Polícia Federal anunciou nesta terça-feira (24) o início de uma investigação formal para apurar as responsabilidades pelo desastre. As diligências preliminares estão sendo conduzidas pelas superintendências da PF no Maranhão e no Tocantins.
Além das vidas perdidas, o acidente pode gerar um impacto ambiental significativo no rio Tocantins, o segundo maior do Brasil em extensão. Autoridades ambientais também foram acionadas para monitorar possíveis contaminações.
A tragédia intensifica a pressão sobre o governo federal e reacende o debate sobre a falta de investimentos na manutenção da infraestrutura brasileira, cuja precariedade segue colocando vidas em risco.