Agora é com Aras. Vai denunciar?
Um grupo de senadores, integrantes da CPI da Covid, fez entrega ao procurador-geral da República, Augusto Aras, e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cópias do relatório final, de autoria do senador Renan Calheiros. Cabe agora a Aras decidir se oferece denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro e outros agentes púbicos com foro privilegiado citados no documento, aprovado na terça-feira (26) pela comissão.
O presidente, o relator e o vice-presidente da CPI participaram da entrega do relatório. Além de Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AM) e Randofe Rodrigues (Rede-AP), integraram a comitiva os senadores Humberto Costa (PT-PE), Otto Alencar (PSD-BA), Simone Tebet (MDB-MS), Fabiano Contarato (Rede-ES), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Rogério Carvalho (PT-SE).
Após o encontro, Augusto Aras afirmou que o relatório final pode contribuir em investigações já conduzidas pelo Ministério Público. “Esta CPI já produziu resultados. Temos denúncias, ações penais, autoridades afastadas e muitas investigações em andamento. Agora, com essas novas informações, poderemos avançar na apuração em relação a autoridades com prerrogativa do foro nos tribunais superiores”, escreveu Aras em uma rede social.
Quero ver agora Aras peitar o presidente Bolsonaro, mais enrolado do que carretel, indiciado pela CPI, com provas suficientes para levar um pé na bunda e expulso do cargo que ocupa, sem a dignidade de merecê-lo.
Arthur Lira, defendendo os iguais
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, criticou o relatório da CPI da Pandemia do Senado e subiu o tom: “Para mim, é motivo de grande indignação como presidente da Câmara e como cidadão brasileiro tomar conhecimento das conclusões encaminhadas pelo relator da CPI da Covid do Senado Federal. É inaceitável, repito, inaceitável a proposta de indiciamento de deputados desta Casa no relatório daquela comissão parlamentar de inquérito”, disse.
O relatório propõe o indiciamento de cerca de 80 pessoas, entre elas o presidente da República, Jair Bolsonaro, e os deputados Eduardo Bolsonaro, Carlos Jordy, Ricardo Barros e Osmar Terra.
A proposta, segundo Lira, “fere de morte os direitos e garantias fundamentais”, porque os deputados e senadores são, pela Constituição, invioláveis civil e penalmente por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. Lira afirmou que vai analisar o teor do relatório final de forma minuciosa para garantir a liberdade de expressão e imunidade parlamentar e a dignidade do exercício do mandato.
Aí está explícito, Arthur Lira sendo Arthur Lira. Para os que o conhecem, nada de novo e para o país um comportamento muito próprio de sua tortuosa caminhada pela política do submundo. Defendendo os iguais.
Alexandre Ayres
Quando Alexandre Ayres assumiu a Secretaria de Saúde, algumas pessoas duvidaram de sua gestão e profissionais do setor médico entroncharam a cara, fazendo pouco caso, como se não fosse possível obter sucesso.
Eu não duvidei um minuto, até porque conhecia o secretário de outros carnavais e sabia de sua capacidade de fazer acontecer.
Pois bem, aí está a antes desastrada saúde alagoana sendo exemplo para o país, com o enfretamento à pandemia vitorioso e destacado pela imprensa nacional. Sob o comando de um governador empreendedor, que lhe dá todo o apoio, construiu hospitais, UPAS de qualidade nos bairros e municípios, levou avanços para o interior e regionalizou saúde de excelência por todo o estado.
Prefeitos, lideranças políticas e o povo têm enaltecido o trabalho eficiente de Ayres, que tem deixado realizações fincadas em cada canto. Quem planta, colhe.
De olho nos gastos
O prefeito JHC precisa alertar seu Controle Interno com relação a gastos que extrapolam o racional na realização de determinados eventos patrocinados ou bancados pelo tesouro municipal. Que fique claro que nem sempre o legal é moral e ético. Fazer eventos de luxo para um grupo seleto e reduzido de servidores e dizer que está prestigiando a classe não é minimamente aceitável. Mais tarde, quando o Tribunal de Contas passar e detectar ações de improbidade vai ter gente a dizer: “eu não sabia”. Contas públicas devem ser publicadas, justificadas e auditadas.
Fecomércio prevê consumo
O início do quarto trimestre do ano pode ser marcado pela recuperação na tendência de consumo. É que a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) aponta que, em Maceió, este indicador teve crescimento de 2,9%, em outubro, chegando a patamares registrados no início deste ano. O levantamento foi realizado pelo Instituto Fecomércio AL em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Embora ainda fique abaixo de 100 pontos, o que ainda caracteriza pessimismo, o ICF registrou 92,2 pontos este mês, o que representa um aumento de 3,2% comparado a agosto passado, quando foi registrado o pior desempenho com 89,3 pontos. Essa trajetória recoloca a intenção de consumo no ritmo do crescimento.
A voz da experiência
Sem saber que estava sendo gravado durante o intervalo de uma entrevista para a estreia do canal Jovem Pan News, o presidente (sem partido) foi flagrado descrevendo a assessores como receber propina e ainda pergunta quanto valeria uma vaga no STF.
“Para mim é fácil. Manda um sapato número 43, meu número aqui, tá? Um beijo. Pronto, resolveu o problema. Chega um sapato 43 cheio de notinha de 100 verdinha dentro”, explicou o presidente Bolsonaro ao descrever como proceder para receber propina.
Em seguida, o presidente República se dirige à sua equipe e pergunta quanto eles acham que vale uma vaga no STF. Aparentemente, ele é avisado de que estava sendo gravado e encerra o assunto.