Rui Palmeira na disputa
Se a eleição para governador estava embolada, agora vai estar mais ainda, com a entrada de Rui Palmeira no páreo, como candidato pelo PSD em uma nova frente que promete novidades. Ombro a ombro com o deputado Marx Beltrão, o ex-prefeito da capital percebeu que chegou a hora e o momento é propício. Cacifado por Maceió e com um lastro de apoios robusto em todo o interior, decidiu ir buscar o mandato que rejeitou em 2018. Com uma eleição cheia de indefinições, o governo reticente em uma candidatura arriscada, bancada pela Assembleia Legislativa, aponta para o insucesso nas urnas. Fato que anima, mais ainda o bloco de Rui, que entra para ganhar a cadeira principal do Palácio Zumbi dos Palmares.
Judiciário perverso
O Poder Judiciário alagoano encaminhou projeto de lei criando uma absurda e imoral licença-prêmio de 60 dias para os magistrados. Se aprovada pelos deputados, a mudança terá um impacto orçamentário inicial de R$ 66,6 milhões, segundo estimativa da própria Corte.
O texto prevê que, a cada triênio de trabalho, os magistrados tenham direito a 60 dias de folga, que poderão ser fracionados em dois períodos de 30 dias. Desembargadores e juízes também poderão optar por vender os dias de licença-prêmio acumulados, como já ocorre com as férias anuais de 60 dias.
Não bastassem os inúmeros penduricalhos que fazem crescer a milionária renda de juízes e desembargadores e os 60 dias de férias que aos quais têm direito, se arvoram de donos do dinheiro público a ser repartido imoralmente entre eles.
Judiciário perverso II
Que exemplo o Poder Judiciário dá ao país, mais uma vez nos expondo ao ridículo nacional, cometendo tamanha afronta ao povo pobre, alguns morrendo de fome? Se o tresloucado ato não é ilegal, por artimanhas fabricadas na lei, é moralmente danoso aos cofres públicos que não lhes pertence. Não importa de onde vão tirar ou “remanejar”, é criminoso e merece o repúdio dos alagoanos.
Os “senhores da lei” deveriam se preocupar em explicar suas pendências, no Conselho Nacional de Justiça, justamente por condutas inapropriadas, supostos atos de corrupção e outras mazelas, próprias dos que apostam na impunidade.
Pesquisas e pesquisas
Com a proximidade das eleições começou também a temporada de pesquisas eleitorais, para apontar quem ganha e quem perde. Mesmo com a obrigação de registro no TER (que se limita a registrar) não se pode confiar em nenhuma dessas agências, principalmente muitas de “fundo de quintal”. A coisa funciona mais ou menos assim: o candidato contrata uma pesquisa, paga o preço cobrado e mais ou menos dirige os números (desde que não sejam absurdos) contanto que ele esteja em boa colocação.
Sucupira é aqui
Em uma cena digna de Sucupira, a cidade Cenográfica que consagrou a Novela “O Bem-Amado”, cujo protagonista era o grande ator alagoano, Paulo Gracindo, uma questão política no município de Atalaia, ganhou as redes sociais. Típica cena de interior caboclo, a vice-prefeita Camyla Brasil, brigada com a titular Ceci Rocha, montou acampamento e instalou o seu gabinete em uma praça central da cidade.
A prefeita e a vice, que eram muito amigas, se estranharam quando Ceci deixou de atender compromissos assumidos com sua vice, que passa a atender os seus eleitores em gabinete ao ar livre.
Que vença o melhor
Na eleição que se aproxima o alagoano não pode dizer que não tem opção para votar. Os três principais personagens que buscam os votos já estão anunciados, embora não oficializados. Teremos provavelmente Rui Palmeira, Rodrigo Cunha e Paulo Dantas (o governador tampão que tentará a reeleição).
Os três possuem passado limpo, nunca foram acusados de falcatruas ou envolvimento com violência, coisas muito próprias do perfil do político alagoano, o que já é um excelente começo. Os três muito jovens, todos com fôlego suficiente e disposição para a briga. Pela falta de densidade eleitoral de Paulo Dantas, mesmo assumindo o governo por dez meses, o embate final deverá ser entre Rui Palmeira e Rodrigo cunha. Que vença o melhor para Alagoas.
Todos com Lula
Pelo andar das conversas e arrumações, Lula terá o palanque mais amplo da história política de Alagoas, nas próximas eleições. Não bastasse a fortaleza do apoio do governo, comandado pelo senador Renan Calheiros e o governador Renan Filho, está com negociações avançadas uma proposta da formação de uma federação, que uniria o PSB do prefeito JHC, com o PT, o que possibilitaria então as maiores forças políticas de Alagoas com um só candidato a presidente. Sobraria para Bolsonaro um inconsistente palanque liderado por Arthur Lira, Fernando Collor e outros circunstantes menos expressivos. Se assim acontecer, por aqui só vai dar Lula.
Dois eleitos
Entre os muitos que se apresentam como candidatos às próximas eleições, para a Assembleia Legislativa dois nomes se destacam como futuros ocupantes do plenário da casa. Ambos candidatos pelo MDB, Alexandre Ayres e Mauricio Quintella, reúnem todas as condições para buscar uma emblemática vitória, pelo histórico de suas atuações como secretários de Saúde e Infraestrutura e pelos robustos apoios às suas candidaturas, na capital e no interior, além do governador Renan Filho, que torce muito pelos dois.