Cerca de 350 mil pessoas ainda estão presas em Mariupol, a cidade no sudeste ucraniano que têm sido alvo de ataques das tropas russas desde 1º de março. As informações foram repassadas por um oficial local.
“Considerando que existem 540 mil residentes e cerca de 150 mil pessoas já foram evacuadas nos primeiros três dias, quando era seguro fazê-lo, estimamos que cerca de 350 mil pessoas estejam presas em Mariupol”, disse Petro Andriushchenko, conselheiro do prefeito de Mariupol, à uma televisão ucraniana na segunda-feira (14).
Diversas tentativas de estabelecer oficialmente corredores humanitários seguros para evacuar civis de Mariupol falharam nos últimos dias. Um grande comboio de ajuda humanitária que deveria chegar à cidade no domingo ainda não obteve sucesso, disse o oficial.
“A maior parte das pessoas está em porões ou abrigos com condições subumanas. Sem comida, sem água, sem eletricidade, sem aquecimento”, afirmou, acrescentando que as pessoas estavam derretendo neve e desmantelando o sistema de aquecimento para conseguir água para beber.
Em relação às baixas de civis, Andriushchenko avaliou que os números obtidos pela polícia e compilados pelos serviços médicos eram provavelmente incertos. Ele afirmou que, até domingo, 1800 mortes tinham sido confirmadas.
Oleksiy Arestovych, conselheiro do gabinete do presidente Volodymyr Zelensky, disse na segunda-feira que o bombardeio russo em Mariupol causou mais de 2500 mortes.