Alagoas virou reduto eleitoral de dois políticos famosos: Renan Calheiros e Arthur Lira. A briga está feia! Os alagoanos estão confusos.
O grupo dos Calheiros é antigo, mas nas últimas eleições perdeu algumas prefeituras. Renan Filho fez dois bons governos, entretanto bobeou no pleito para a Prefeitura de Maceió, mexeu com os aposentados e JHC foi o escolhido na capital. O jovem Governador tentou corrigir o erro, contudo durou quatorze meses pensando e criou outro problema para ele próprio: gerou atrasados para o funcionalismo estadual. Caso para ser resolvido na Justiça.
Vem, então, o Presidente da Câmara Federal, que de simples Deputado Estadual, virou Federal e hoje é um dos homens mais importantes do país. Está indeciso e não consegue revelar quais são os candidatos do seu grupo ao governo e ao senado. Cada dia o eleitorado ouve informações desencontradas! Rodrigo Cunha deve sair para governador. O vice não foi escolhido. O candidato ao senado também não se sabe quem é. Pela internet aparecem informações não confirmadas. Viajou o chefe do grupo para os Estados Unidos na hora errada e até hoje nada disse de concreto.
Reaparece no cenário o Rui Palmeira, ex-Prefeito de Maceió, que andava muito calado. Filho de Guilherme Palmeira, grande homem. Rui administrou a cidade em dois mandatos e é mal aceito pelo servidor municipal. Não escolheu o vice, nem seu candidato ao senado. Apesar de ser bom de voto, não enxergo condições de ser eleito Governador de Alagoas. Posso estar enganada.
Para tumultuar o processo, aparece o Collor, como possível candidato ao governo do Estado. Fala-se na ex-Prefeita de Arapiraca, Célia Rocha, para vice. O candidato ao senado da chapa é segredo. Todavia das articulações do ex-Presidente sempre surge alguma novidade. Vamos esperar para ver qual o fim da peça teatral apresentada por Collor. O que eu sei é o seguinte: no seio do funcionalismo público, ele, o Collor, não é muito querido. Sofremos no seu governo em Alagoas e no Brasil. É um homem inteligente, mas muito arisco. Os precatórios, que ainda hoje incomodam os servidores estaduais, são tristes lembranças de Fernando Collor.
Ronaldo Lessa, que já foi Prefeito de Maceió e Governador do Estado, atualmente vice de JHC, engenheiro, inteligente e bom político, está sendo lembrado pelo partido para senador. Gosto de política, mas não sou profunda entendedora do assunto. Na minha humilde opinião, Ronaldo deveria ser candidato a Deputado Federal.
Regis Cavalcante, outro bom político, cheio de excelentes propósitos, não possui estrutura para se candidatar a governador. Ele mesmo deve saber como são as eleições em Alagoas. Há um sistema forte na “guerra” que quer ganhar de toda maneira. Conquistar o voto pela palavra e pelo trabalho realizado é muito difícil. Ou entra no sistema, ou nada feito!
Há outros candidatos na campanha ao governo, contudo as chances são poucas; acho que vale a pena lutar.
Impressiona demais a todos que votam ou são votados, a força das pesquisas eleitorais. Ninguém sabe quais as verdadeiras, mas o eleitor segue religiosamente seus resultados. Já escutei de alguns menos esclarecidos: “Não voto em quem está perdendo nas pesquisas finais”. Não deveria existir tal tipo de influenciadora do voto.
Entretanto, leitores amigos, o grande herói na eleição é o Fundo Partidário. O valor embutido nele é decidido no Congresso Nacional e sancionado pelo Presidente da República. Os “donos” dos partidos eleitorais ficam com sua parte e a dividem com quem está ao lado deles.
Minha grande dúvida: Como vencer as eleições no país com idealismo ou trabalho realizado?
Infelizmente, as cadeiras em disputa, estão marcadas.
Só Deus para consertar o Brasil!
Alari Romariz Torres
É aposentada da Assembleia Legislativa