No jogo político, os jogadores entraram em campo pra valer.
Neste momento, só se fala em pesquisas. As que avaliam a intenção de votos a nível nacional continuam inalteradas. Lula e Bolsonaro seguem na dianteira.
A nível estadual, com a chegada de Collor o quadro começou a mudar. Onde se via uma disputa embolada entre três candidatos, agora o bolo será dividido por quatro.
Com a entrada de Collor, o mais prejudicado foi o Senador Rodrigo Cunha, vez que seu padrinho político (Arthur Lira) muito embora negue e faça gestos de independência, vai ouvir o presidente Bolsonaro (seu forte parceiro e aliado). Como Bolsonaro tem tendência a se unir com Collor e, por consequência, fazer do palanque de Collor seu palanque em Alagoas. Arthur será aconselhado a se unir. Então, seu apoio a Collor é uma questão de dias. Com isso a candidatura de Rodrigo Cunha que já não ia bem, tende a piorar.
Portanto, numa eleição pulverizada com quatro candidaturas, com forças correlatas, em tese, a tendência é quem tem mais para dar (Paulo Dantas) ser o que vai para o segundo turno, mas, ir para o segundo turno não é garantia de ganhar a eleição.
Os organizadores da campanha de Paulo Dantas, inteligentemente, focaram todo poder de marqueting no sentido de diminuir e até esvaziar a candidatura de Rui Palmeira (o menos rejeitado). Primeiro, tentaram puxar a deputada Tereza Nelma. Não conseguiram. E aí, marcaram uma conversa com o próprio Rui, e espalharam maciçamente que Rui ia desistir e eles ( Paulo Dantas) , ofereceria o lugar de vice. Também não obtiveram êxito, para fazê-lo desistir, todavia, parece que a estratégia funcionou, porque Rui saiu do primeiro lugar das pesquisas, para o último.
Se as eleições fossem hoje, a disputa seria com Paulo Dantas, com a possibilidade de ser Collor seu adversário. Isso se a eleição fosse hoje, no retrato das pesquisas.
Mas, a leitura de uma pesquisa, tem muito a ver com a aceitação e rejeição dos candidatos. Neste momento, todas as pesquisas mostram que a maior rejeição é de Collor e a menor é de Rui Palmeira, portanto, ainda é cedo pra avaliar quem será o futuro governador de Alagoas.
Creio que no segundo turno a disputa será DANTAS X COLLOR, mas, também pode ser: DANTAS X RUI.
E aí, quem será o escolhido pelo povo alagoano?
FRANCISCO DE FRANÇA – ADVOGADO