As eleições de 2022 foram atípicas. Direita e esquerda lutando pelo poder. O Presidente Bolsonaro sendo perseguido pelo Judiciário de modo irreverente. Até nos debates, nem sempre tinha direito de resposta. A mídia, quase toda, era contra o atual mandatário brasileiro.
Lula virou herói. Retiraram os processos contra ele e a esquerda insiste na inocência do petista. Parecia até, que viria para salvar o Brasil. Não adiantava dizer que ele era culpado e que os dezesseis anos do PT nos legaram uma situação econômica difícil.
Os jornalistas da Rede Globo tratavam o Bolsonaro como se fosse um marginal. Xingavam o moço de ladrão, cara de pau, mentiroso. E nada acontecia com eles. Se o outro lado chamasse o Lula de ex-presidiário, o TSE punia, cassava, castigava.
Poucas emissoras de rádio e TV defendiam o Bolsonaro. Era só cacetada! O Lula era o homem extraordinário, o “Salvador da Pátria”. Nos debates, a razão estava sempre com o petista. Ele se dizia um ser idôneo, honesto e tudo de bom. O Bonner, da Rede Globo, chegou ao cúmulo de dar direito de resposta a ele mesmo e ao Lula. Negou ao Presidente. Virou cena de filme de bandido e ladrão. Não dava para despistar, enganar os bobos. Era tudo real.
As Forças Armadas, também eram tratadas de maneira desrespeitosa. Para atuar como fiscais do pleito tiveram que lutar muito e suportar piadas e notas negativas. Ouvi de um comentarista da Globo críticas fortíssimas a elas, chegando a afirmar que “militar não entende de eleições”.
Das várias ideias sugeridas pelo Ministério da Defesa para fiscalizar os resultados, poucas foram aceitas. E a mais importante, a comprovação do voto, foi terrivelmente afastada.
De repente, surgem denúncias de que várias emissoras do interior da Bahia não exibiram programas de Bolsonaro no horário eleitoral gratuito. Mais uma vez, a direita foi responsabilizada, sob suspeita de querer tumultuar o resultado. Havia ainda, várias urnas onde o Presidente não tivera nenhum voto. Novamente, o denunciante foi punido e recebeu a visita da Polícia Federal.
Estamos escrevendo este artigo no dia 8 de novembro e, até hoje, as Forças Armadas não entregaram o relatório a respeito da eleição de Lula.
A situação me lembra uma ditadura de esquerda: Bolsonaro quase não fala, Lula e o PT já, praticamente, governam o Brasil, a Justiça continua parcial, políticos de direita passando para a equipe de Lula, medidas tomadas pelo atual Presidente sendo anuladas pelo Poder Judiciário.
O povo está nas ruas, nas portas dos quartéis e muitos caminhoneiros parados nas margens das estradas protestando contra o retorno de Lula. Não acredito que algo de novo vai acontecer, mas sinto um certo perigo no ar. Temo pela liberdade de Bolsonaro: se ele falar um pouco mais, poderá receber a visita da Polícia Federal. Não manda mais em nada. Tudo que faz é impedido pelo Supremo Tribunal Federal.
Sou alagoana, brasileira, votei em Bolsonaro, não acredito no PT. Durante dezesseis anos, vi e ouvi muita coisa errada. Não entendo porque o retorno de Lula como o “Salvador da Pátria”.
Lamento, apenas, o tropeço do Presidente na COVID. Acho que pecou durante a pandemia e tremia nos debates quando tal assunto aparecia. Já o ponto fraco do Lula era falar em corrupção, mensalão, lava-jato.
Estou assustada com o país na atualidade. Rezo, pedindo a Deus que proteja nossa pátria tão dividida nessas eleições. O próximo Presidente vai governar com uma oposição grande e forte. Assessores de Bolsonaro foram eleitos com muita facilidade.
Só uma pergunta me intriga: como Bolsonaro elegeu tantos auxiliares e os votos majoritários não foram para ele?
Viva o Brasil!
Alari Romariz Torres
É aposentada da Assembleia Legislativa