Onde mora o perigo
Sabe-se que uma eventual vitória de Trump é vista como uma potencial alavanca para as teses que bolsonaristas têm promovido no exterior, de que o Brasil vive uma suposta “ditadura”, que não há liberdade de expressão e que existe uma perseguição à oposição liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Se a narrativa falsa não prosperou durante o governo de Joe Biden, a expectativa é de que tudo isso pode mudar radicalmente se Trump vencer a eleição e eventualmente escolher abrir uma frente de tensão com Lula.
O enredo já está desenhado. Com o apoio das redes de Elon Musk, políticos e blogueiros bolsonaristas se apresentam como supostos perseguidos, usam figuras como a de Filipe Martins como exemplo de supostas prisões arbitrárias, transformam o debate num tema de direitos humanos e emplacam a ideia de que o Brasil supostamente deixou de ser uma democracia. Uma vez golpistas, sempre golpistas.
Porque o PT se apequenou
Não importa mais o desfecho ou o resultado, o Partido dos Trabalhadores sairá bem menor destas eleições, depois da vergonhosa derrota que os seus dirigentes locais construíram e alimentaram dentro do próprio partido. Levados pela vaidade de um “oferecido” candidato com estatura política de um anão e um deputado federal do baixo clero, eleito com os votos de outros, e na certeza de que seu mandato não será renovado.
A dupla ainda culpa o senador Renan Calheiros (MDB) pela burrice cometida, como se ele tivesse influência capaz de decidir em nome a direção nacional do PT. Vão pagar um preço alto pela vulgar rebeldia.
Negócios, traições e dinheiro
Desde sábado (20) até o dia 5 de agosto, os partidos políticos e as federações podem realizar convenções partidárias para escolher as candidatas e os candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador e deliberar sobre eventuais coligações para as Eleições Municipais 2024. O prazo consta do Calendário Eleitoral do pleito de outubro.
A movimentação tem sido grande com políticos a procura de constituir suas bases e arregimentar aliados para a disputa. Em pauta, negócios, traições, muito dinheiro sujo e o embate das grandes lideranças para ver quem e maior, na busca do voto.
Imbatível não é invencível
Exatamente assim, o imbatível hoje pode não ser o invencível amanhã, que é outro dia. Já vi, por aqui mesmo, candidato considerado eleito por antecipação, ao abrir das urnas ter fragorosa derrota e uma imensa decepção. Aí está o exemplo de Ronaldo Lessa, governador bem avaliado, contando com uma vitória certa, perdeu para Fernando Collor, quem em menos de um mês, chegou feito um furacão, rodou o estado em um helicóptero e lhe tomou a eleição que considerava sua.
Petrobrás de novo?
A Operação Lava Jato está morta e sepultada, mas parece que a Petrobrás e os políticos que exercem influência na estatal, não aprenderam a lição. Se facilitar voltarão todos os crimes e sinais já começam a aparecer.
Uma auditoria do TCU encontrou indícios de favorecimento em licitação da Petrobras para contratação de navio-plataforma, entre outras falhas.
O processo licitatório foi conduzido de forma a direcionar o resultado desde a escolha do modelo de contratação, que permitiu que a empresa superasse dificuldades de financiamento. O trabalho constatou que a Petrobras não avaliou outros modelos mais tradicionais de contratação.
O TCU determinou que a Petrobras instaure Comissão Interna de Apuração para investigar os fatos e identificar os responsáveis.
A Barra com Biu
Convenção realizada na Barra de São Miguel, homologou o nome do prefeito Benedito e Lira, (PP) para concorrer à reeleição, tendo como companheiro de chapa o seu secretário governo Luiz Henrique Alves Pinto. Muito difícil que apareça algum nome para concorrer com o experiente político, colecionador de vitórias em sua longeva carreira política.
Mercado da Produção
O prefeito JHC chega às eleições com uma profunda “ferida aberta” que certamente vai lhe trazer graves danos colaterais em sua campanha. Prometeu fazer, anunciou e não fez. Não vai adiantar dizer que fará em um novo provável mandato. O Mercado da Produção já deveria ter sido fechado por atentar contra todas as normas de politica sanitária.
Codevasf sob denúncia
A Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) foi alvo de muitas denúncias no governo Bolsonaro e parece que vai no mesmo caminho no governo Lula.
A empresa sofreu prejuízo em um contrato firmado pela Prefeitura de Alto Alegre do Pindaré (MA) com verbas de emenda parlamentar do então deputado e hoje ministro dos Esportes, André Fufuca (PP-MA). A prefeitura é comandada pelo pai dele, Fufuca Dantas. Os órgãos e Controle inclusive o TCU estão de olho.