Nascido na década de 50 na periferia de Palmeira dos índios, eu, um menino barrigudo e de pernas finas. Já na infância, demonstrava inclinação para área de comunicação. Gostava de ouvir rádio e de assistir comicios em épocas de eleições. Aos 11 anos fiquei órfão da figura paterna e me vi obrigado a trabalhar para garantir meu sustento e o da minha família ( mãe e irmãos). Na adolescência, trabalhava nas feiras livres de Palmeira e cidades vizinhas, usando o que me era mais forte, um dom que Deus me deu, a comunicação, era bom no bê-a-bá ( kkkk ). Tanto é verdade isso, que de repente me vi, trabalhando como locutor na Rádio Sampaio (foi meu primeiro concurso), me lembro bem, a rádio fez anúncios dizendo que precisava de meninos ou meninas pra fazer teste de locução, (foi muita gente fazer o teste, mas poucos ficaram e entre os pouco, lá estava euzinho. Kkkk), fiquei um tempo, até passar no vestibular de Direito e mudar residência para Maceió. Além dessa paixão, gostava também do Tribunal do Juri. Toda vez que tinha um Juri em nossa cidade, lá estava eu assistindo. Fiz o curso de Direito em razão do Juri. Após ter trabalhado nas feiras, vendendo de tudo um pouquinho, de ter sido locutor e já ter me formado em Direito, resolvi exercitar um sonho antigo, participar da política partidária. Já tinha idade e maturidade de não ser apenas um animador de comícios, queria era ser candidato e pus em prática essa vontade adormecida. Em 1988, fui candidato pela primeira vez a vereador da minha querida Palmeira, e, para minha surpresa fui o mais votado da coligação, aquela que elegeu Gileno Sampaio prefeito. Fui eleito também presidente da Câmara. Tomei gosto pelo ofício e fui reeleito na eleição seguinte, onde também por generosidade dos vereadores de Alagoas, fui eleito presidente da UVEAL( União dos Vereadores de Alagoas), era tinhoso. (Kkk). Em seguida fui eleito vice-prefeito de Palmeira, tendo o deputado federal Alberto Cordeiro, sido o prefeito eleito. Mas, como não queria fazer da política profissão, voltei a minha atividade principal ( advogado) e por muita pressão (kkkk), aceitei a idéia de deixar meu filho França Júnior se candidatar a vereador, para minha surpresa ele foi eleito com uma votação expressiva, sendo reeleito no mandato seguinte, aumentando a votação. França Júnior desencantou- se com a política e foi fazer o que realmente gosta ( ser professor e advogado). Pronto! achava que ia ficar fora da política partidária definitivamente, mas para minha surpresa Adelaide, minha esposa, alegando que era o sonho dela ser vereadora, convenceu-me a ajudá-la, nessa difícil missão. Foi candidata e ganhou a eleição, fez um bom trabalho e foi reeleita, está no início desse novo mandato, com a garra que toda mulher tem. Assim, peço desculpas por estar contando um pouco da minha história e como contribuição para o futuro, pretendo contar a história política administrativa da minha época nos meus próximos textos. Pretendo, iniciar pela década do meu nascimento ( 1950,) até a atualidade. Quais foram os prefeitos de nossa terra. O bom disso tudo é viver e contar a história da nossa querida Palmeira, resgatando a memória do nosso povo!
Francisco de França – Advogado.