A dúvida do governador
O governador Renan vive talvez o momento de mais tensão de sua trajetória política, diante da decisão de deixar ou não o cargo, antes do tempo regulamentar, para concorrer ao Senado. Não deveria ser assim, pois fez um dos maiores governos das últimas décadas, serviu a todos os municípios do interior, independente de partidos políticos, realizando obras e serviços nunca vistos em gestões anteriores. Por mérito deveria concorrer ao cargo de senador e obter a maior votação de nossa história, mas aqui a coisa não é bem assim. Na política não conta quem merece, mas sim “quanto pesa”. Quando poderia ter uma eleição tranquila e com o merecido protagonismo, o governador tem que encarar uma Assembleia Legislativa com uma maioria não confiável, que talvez espere apenas que ele deixe o cargo para mostrar realmente como o jogo deve ser jogado, sem lealdade e com revanches. É lamentável que seja desse jeito, mas reafirmo, nem todos são assim. Não me atrevo a dar conselho ao governador, mas deixo para ele uma frase que gosto muito – “Nenhum homem merece uma confiança ilimitada – na melhor das hipóteses, a sua traição espera uma tentação suficiente”.
Ronaldo Lessa
O vice-prefeito Ronaldo Lessa já decidiu que vai postular uma disputa majoritária nas próximas eleições, preferencialmente o Senado, caso o prefeito não saia candidato a governador. Ficam aí duas alternativas para ele: 1) virar prefeito caso JHC venha a concorrer, 2) não precisa renunciar para concorrer, basta não assumir o cargo de prefeito dentro do período vedado pela lei eleitoral.
Em sua história Ronaldo Lessa sempre teve melhor desempenho quando enfrentou maiores dificuldades. Foi assim para prefeito e para governador.
Tem destino e vocação política, muita disposição e com um nome bem avaliado em todo o estado. Irá enfrentar o maior desafio de sua trajetória política, mas é disso que ele gosta. Quem sabe dá certo?
Fecomercio em alta
Nunca a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL) teve um protagonismo como nos últimos dois anos, sob o comando do presidente Gilton Lima, que tem se mostrado não apenas um grande líder de classe, mas também o administrador eficiente e empreendedor. A relação da Fecomércio melhorou sensivelmente principalmente com os seus associados e foi além com todas as e3sferas do poder público, principalmente com os municípios, onde foram construídas parcerias importantes para desenvolvimento de programas e benefícios às populações. A permanência de Gilton Gomes à frente da entidade é uma necessidade para que sua gestão exitosa continue.
Primeiro turno
A Quaest Consultoria divulgou nova rodada de pesquisa feita por encomenda da Genial Investimentos. A nova rodada mantém no mesmo patamar tanto o pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quanto o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição. E indica a possibilidade de vitória de Lula ainda no primeiro turno. Além disso, Lula aparece como vencedor em todos os cenários simulados para o segundo turno.
No primeiro cenário testado pela Quaest, com um número maior de candidatos, Lula aparece com 45% das intenções de voto, mesmo percentual da rodada anterior. E todos os demais candidatos somam juntos 42%. Se as eleições fossem hoje, nesse cenário, Lula seria eleito no primeiro turno.
Alagoas crescendo
O estado registrou a segunda maior taxa de abertura de empresas do País em 2021, segundo o Mapa das Empresas, divulgado nesta quarta-feira (9), pelo Ministério da Economia. De acordo com os dados, no ano passado o Estado abriu 42.681 empresas, um crescimento de 39,2%, na comparação com o ano anterior. O Amapá aparece em primeiro lugar do País, com um crescimento de 40,9%.
Os números mostram que mesmo em tempos de crise, causada pela pandemia, graças aos investimentos do governo estadual com incentivos e facilidades para instalação de novas empresas Alagoas continuou crescendo.
Rodrigo Cunha vai
Segundo o blog do Ricardo Mota (Cada Minuto) o senador Rodrigo Cunha está mesmo decido a encarar a candidatura ao governo do estado, mesmo que vingue a aliança com o prefeito da capital em função de impedimentos se houver a formação de uma federação.
Não quer perder a oportunidade e conta com alguns pontos a seu favor: não corre risco de perder o mandato, caso não seja eleito; até o momento os prováveis candidatos não se mostram competitivos; suas duas últimas eleições não contaram com apoios expressivos e saiu vitorioso. O que pesa contra pontualmente é o desempenho de quatro anos no Senado, com uma atuação considerada fraca.
O bom prefeito
O bom prefeito não pode ser considerado aquele que apresenta muitas obras e ações de sua gestão, também não aquele de ações midiáticas e vive pendurado nas redes sociais, parecendo um locutor de rádio do interior. O bom prefeito deve, antes de tudo, cumprimento aos princípios da eficiência, legalidade, moralidade e finalidade, ditados pela Constituição. O bom prefeito não “negocia”, não transforma seu gabinete em um balcão de tratativas espúrias. O bom prefeito não pode trocar serviços por dinheiro no bolso sujo de propinas. O bom prefeito cumpre sua palavra, honra seu mandato e serve ao povo, não a seus amigos e sua família. Sei que é difícil encontrar um bom prefeito, mas é possível sim e temos alguns.