De acordo com Roberto Moura, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL e um dos idealizadores da parceria, a iniciativa fecha o ciclo de atendimento às vítimas de violência e pessoas que sofreram violações de direitos humanos. “Os processos, muitas vezes, revitimizam quem precisava de acolhimento”, explica.
“A proposta da OAB é oferecer um aparato psicológico para que [as vítimas] possam superar ou, pelo menos, aprender a lidar com seus traumas e dar seguimento às suas vidas, considerando que as cicatrizes são muito duras em alguns casos. É um ciclo que se fecha, com suporte legal e com atendimento psicológico”, acrescenta Moura.
Os atendimentos, no entanto, não devem se restringir a vítimas de violações de Direitos Humanos. “A ideia é ampliar esse acolhimento para pessoas atendidas por outras comissões. Atualmente, temos um caso encaminhado pela Comissão da Criança e do Adolescente, por exemplo”, complementa Diego Omena, responsável pela triagem dos casos.
Um dos beneficiados pelo atendimento psicológico será o adolescente de 17 anos que foi vítima de abordagem truculenta por membros do policiamento do Programa Ronda no Bairro, na semana passada. Além do adolescente, a mãe dele também deverá ser atendida e receber acompanhamento de profissionais especializados.