Está chegando o dia 2 de outubro. Eleições acontecerão em todo país. O povo brasileiro tem escutado promessas de vários candidatos, nada de novo. Velhos políticos prometendo mudar o Brasil e os Estados.
Em Alagoas, o cenário é complicado. O pior de tudo é a volta do Collor, repaginado, prometendo que será o “Governador do Povo”. Se refrescarmos a memória, reviveremos o tempo em que foi chefe do Executivo: criou, para o país todo, o fenômeno dos “Marajás”, prejudicando amigos próximos. Assinou o célebre Acordo dos Usineiros, diminuindo a arrecadação do Estado em 65%, dando origem aos famosos precatórios, que até hoje sacrificam os servidores públicos estaduais. Pensem bem.
Apareceu o Paulo Dantas, filho de família política de Batalha. Foi Deputado Estadual, integrou a Mesa Diretora da Casa de Tavares Bastos. Promete continuar o trabalho de Renan Filho. Não o conheço pessoalmente, pois os assessores blindam o candidato. Mas, quero crer que fará uma boa gestão e me arriscaria dizer que será bom para nossa categoria e para o Estado.
Rui Palmeira, filho de Guilherme, é um bom moço. Já foi Deputado Estadual, Federal e Prefeito por dois mandatos. Os servidores do município não falam bem dele, entretanto não é assustador, como Collor.
Rodrigo Cunha, menino novo, filho da falecida Deputada Ceci Cunha, também pleiteia o cargo de Governador das Alagoas. Atualmente é senador e não fez muita coisa.
São quatro candidatos com chances de vencer o pleito. Espero que os eleitores saibam escolher para que não soframos com más administrações.
Para o Senado Federal, temos Renan Filho, Davi Filho e Mário Agra. O primeiro fez um bom governo, manteve o pagamento dos servidores em dia, fez várias obras no estado, é astuto e lida bem com os políticos que o cercam.
Davi Filho é um jovem, filho de um antigo vereador da capital e é Deputado Estadual. Foi candidato a Prefeito de Maceió, fez uma excelente campanha e quase se elege. A família faz um bom trabalho na área social. Talvez, esteja dando um passo maior do que as pernas, mas tem uma boa imagem.
Mário Agra é um candidato de esquerda, velho conhecido de muitas lutas. Talvez um bom senador pela experiência política que tem em Alagoas.
Candidatos a deputado federal e estadual são muitos. Novas e velhas figuras que aparecem no quadro político atual. Conhecemos a maioria delas. Nesse conjunto destacaria Arthur Lyra, Presidente da Câmara Federal. Já trabalhei com ele e a imagem que fica na minha cabeça é de um parlamentar sabido demais para o meu gosto! Mas, hoje, não podemos negar: é o político alagoano que mais se evidenciou nos últimos quatro nos. Regis Cavalcanti, professor universitário, é um bom candidato de esquerda. Tereza Nelma fez um bom trabalho na Câmara Federal e seria merecedora de votos, principalmente das mulheres.
Para Presidência da República está aparecendo tudo que é de proposta. A luta está definida entre dois candidatos: Lula, pela esquerda e Bolsonaro, pela direita.
Se as pesquisas estiverem certas, vencerá o candidato do PT. Se o povo que segue Bolsonaro votar nele, teremos a direita vencedora.
Dizem os seguidores de Lula que ele é inocente, honesto e que vai mudar o Brasil. Ele se aliou a vários integrantes do centro e de esquerda. Afirma que se vencer, será um Presidente de centro-esquerda. Não acredito que, aos 76 anos, uma criatura mude radicalmente.
O Bolsonaro é um político corajoso e irreverente. Desde que assumiu a Presidência só leva cacetadas. Não consegue dormir em paz de tanto que é perseguido. Uniu-se ao “Centrão” para conseguir aprovar matérias no Congresso e é altamente criticado por essa atitude. Errou, acertou, baixou o preço da gasolina, implantou o auxílio-emergencial, enfrentou a pandemia, a alta dos preços decorrentes do conflito Rússia-Ucrânia, acabou com a farra da distribuição das verbas públicas para os artistas. Tem um saldo positivo em seu governo.
Dentro deste contexto, pergunto aos meus leitores: Como votaremos bem?
Alari Romariz Torres
É aposentada da Assembleia Legislativa