Júlio Cézar tem uma pedra bruta que precisa ser lapidada politicamente. Trata-se da pessoa (depois de Dona Dadá), que ele convive e ama, a pessoa com quem ele divide alegrias e tristezas do dia a dia. Karla Cavalcante, sua esposa.
Uma jovem senhora que nunca participou efetivamente da política e, agora é pré candidata à Assembléia Legislativa. Tal qual um exímio lapidador, ele tem pouco tempo para transformar a pedra bruta em uma joia de muito valor. precisa dar contornos e suavidade para agradar ao eleitor na guerra política que se aproxima.
O projeto inicial de Júlio Cézar era ser candidato a governador no próximo pleito, mas, só seria se tivesse a chancela dos Renans.
Todavia, ao que parece, mesmo os Renans querendo, talvez não seja possível, vez que, neste momento, tudo depende da Assembléia Legislativa ( Marcelo Victor) que tem outra preferência (Paulo Dantas), o que inviabiliza o seu sonho.
Júlio, como um bom estrategista, procura outras saídas para se manter vivo na política. Sabe que concluindo seu mandato, ficará fora da convivência e do prestígio político por um período de 2 anos. Então o que fazer?
Bom, se apoiar um candidato a deputado estadual, seja lá quem for, depois de eleito vai embora e, talvez nem agradeça, no futuro, os votos recebidos, pois, Júlio ficará sem mandato e o apoiado será deputado por 4 anos, enquanto ele já vai estar na reta final do seu mandato. Além disso, não é fácil transferir votos.
O dilema Júlio Cézar resolveu quando colocou a esposa como candidata. E ela tem chance de se eleger ? Na opinião de muita gente tem sim!
É notável, até pelos adversários, que Júlio está fazendo um excelente governo. Todos os serviços essenciais estão funcionando, muitas obras foram feitas, outras estão em andamento e serão concluídas. É fato que Palmeira está de cara nova. O conjunto das ações do governo Júlio Cézar, faz dele, na atualidade, a maior liderança política da cidade e não é só isso: a sua aceitação é grande perante a maioria da população, razão pela qual os seus candidatos terão chance de serem os mais votados.
Então, partindo dessa lógica, sua esposa ( a pedra que está sendo lapidada), tem tudo pra ser a mais votada da cidade. E sendo a mais votada, se elege ? Sim e não! Claro que o candidato pra ser eleito deve ter outros redutos e um bom partido político, onde os concorrentes tenham igualdades de condições.
No quadro que se visualiza, onde ela se encontra (MDB), suas chances são reduzidas, mas, como o colégio eleitoral de Palmeira está acima de 50 mil votos, é possível que se eleja. Mas, o ideal seria colocá-la em partido com concorrentes em pé de igualdade, como o PT e outros, seria uma saída inteligente, sem criar rusgas com o governador, já que também é um homem inteligente e conhece de sobrevivência política. Além de que, orbita em seu entorno partidos menores com chances de eleger deputados.
Júlio Cézar deve está vendo isso. Com a experiência de ter participado de eleições proporcionais, sabe onde o passarinho dorme e, a essa altura, já deve estar a procura do ninho.
Chamam Júlio de imperador, numa alusão ao imperador romano, Júlio Cézar. Contudo, neste momento, está mais para lapidador, posto que sua esposa não tem experiência nem traquejo político, dependendo exclusivamente de sua arte para transformá-la numa joia que agrade ao eleitor.
Francisco de França- Advogado