MORO mudou de partido, deu um freio de arrumação em suas pretensões (deixou a entender que seu objetivo é ser deputado federal).
Uma atitude inteligente. Como a eleição está polarizada (Lula x Bolsonaro), suas chances seriam reduzidas.
Como deputado federal, além da imunidade, (escudo), que o protege dos inúmeros processos que vai responder e ainda como consolo, terá 4 anos de mordomia, caso seja eleito.
Claro que esta decisão foi bastante pensada, negociada e analisada com pesquisas em mãos. Foi inteligente, sua chance de ser eleito presidente estava perto de zero.
Já o João Dória, foi um tiro no escuro. Deixou de ser governador do mais rico estado do país, por uma aventura de ser candidato a presidente numa eleição polarizada.
De um lado, Moro demonstrou inteligência, do outro, Dória demonstrou ousadia. Hoje ele tem 2% das intenções de votos, mas, sua área profissional é marqueting e não pode ser subestimado; pois, usando sua experiência de marketing, conseguiu ser eleito prefeito e governador de São Paulo, desbancando, pesos pesados da política nacional.
Assim, com a experiência que o Dória tem e os defeitos do Lula e do Bolsonaro, pode até ser que ele cresça na campanha, até porque, ele agora tem um foco, apenas a presidência da República.
A favor de Dória conta o fato de que os demais candidatos (menos Lula e Bolsonaro ), não empolgaram o eleitorado. Ciro que poderia ser a surpresa dessa eleição, não passa de 8% das pesquisas, mas afirma que não desistirá.
É verdade que Dória nas pesquisas só pontuou com 2%, entretanto, agora sem a preocupação do governo de São Paulo e sendo um experiente na área de comunicação é possível que possa mudar o quadro e esboçar uma reação
A favor de Dória, tem a inexperiência e insegurança de Moro, que se afastou da candidatura a presidente e manifestou interesse de disputar uma vaga de deputado em São Paulo. Além da arrogância de Ciro Gomes que é um bom candidato, mas, sua performance arrotando inteligência, afasta ele da grande massa eleitoral.
O jogo, agora começa a ser jogado, 2 de abril chegou e com ele, as primeiras decisões apareceram. Ninguém deixa um governo estadual para entrar numa aventura ou brincadeira.
Vamos aguardar as próximas jogadas e esperar as convenções.
Francisco de França – Advogado