Renan Filho, a saída honrosa
Hoje o governador Renan Filho está se despedindo dos alagoanos, após o termino de seu segundo mandato. Sai antecipado, por força da legislação eleitoral que o obriga, por ser candidato ao Senado Federal.
Deixa para os alagoanos a mais eficiente gestão dos últimos tempos, na história de nossa política. Quebrou o tabu de que o segundo mandato é sempre pior que o primeiro e bateu recordes em todos os setores da administração. Não perseguiu, tratou com atos republicanos, aliados e adversários, transformou a malha viária alagoana, tornou nossa Educação modelo para o Brasil, com apoio ao setor de Segurança baixou exemplarmente o nível de violência na capital e interior e na Saúde ganhou protagonismo no enfrentamento à Pandemia, apresentando os melhores resultados de gestão competente, construiu e equipou hospitais em todas as regiões do interior e também na capital, além de UPAS ( Unidades de Pronto Atendimento) Creches Modelo e outros equipamentos que mudaram o corpo e alma e encheram de autoestima os alagoanos.
Ressalta-se, todas essas conquistas, com recursos próprios do estado, graças a mais eficiente e responsável gestão fiscal empreendida com êxito, com o comando do secretário da Fazenda, George Santoro, que desde o primeiro momento teve carta branca, incentivo e solidariedade do governador.
O bom combate
Hoje é o prazo final para a desincompatibilização para todos os agentes públicos que se candidatam nas próximas eleições. No caso nosso, aqui em Alagoas, quase o governo inteiro está saindo para disputar o voto, para lhes assegurar uma vaga na Assembleia Legislativa, ou na Câmara dos Deputados. O governador também sai, para brigar pela única vaga para o Senado, ocupada hoje por Fernando Collor. Vai ser uma briga acirrada e animada. Será?
Acabou o poder, acabou a pose
Alguns dos secretários que se afastam são neófitos na política e buscam a conquista eleitoral, como “prêmio” pelo desempenho na gestão durante os últimos anos. Nos cargos públicos que ocuparam fizeram favores, foram noticias na imprensa e nas redes sociais e foram também muito cortejados, por lideranças políticas, lideres comunitários e alguns estiveram perto do povo, mesmo que por só alguns momentos. Conversei com alguns que prestes a sair dos holofotes me confessavam os milhares de votos prometidos. Eram tantos os votos que dariam para eleger e ainda sobrariam para “puxar” outro. Macaco velho, com mais de 50 anos der caminhada política, eu só observava e pensava, comigo mesmo: “cabra besta, não sabe onde está se metendo”.
A hora da traição
Diz o velho ditado que “trair e coçar, é só começar”. E por sinal vai começar um grande festival de traições, coisas muito próprias da política – uma atividade onde o caráter não se leva em conta e sim, o bem ou o mal que se possa fazer. Quando o poder sair das mãos, quando não for mais possível ter moeda de compra para os votos, os acordos serão refeitos, os rumos serão mudados e vai prevalecer quem tiver potencial para investir e tomar os votos antes prometidos, aos adversários. Prefeitos e lideranças políticas, que antes recebiam com festas e efusivos abraços, vão se esconder, não por vergonha, porque não possuem, mas para não olhar n a cara dos que enganaram. Já vi esses filmes várias vezes e vão se repetir.
Continuam os três
Estou finalizando a coluna nesta quinta feira e como todos os dias temos novidades na politica local, posso estar sendo “furado” ao ser publicada no sábado. Mas até hoje o embate será mesmo entre três nomes para o governo do estado. Paulo Dantas, Rodrigo Cunha e Rui Palmeira. O resto é tudo “poca urna” e figuração.
O alagoano não poderá dizer que “não teve opção para votar”. Se apresentam três nomes já testados em eleições anteriores e conhecidos do eleitorado. Vamos aguardar suas propostas e os planos para fazer Alagoas, continuar crescendo.
Mulheres na Assembleia
Na atual legislatura da Assembleia Legislativa as mulheres ocupam um número de cadeiras nunca alcançado. E não são apenas cadeiras ocupadas, mas com atuação efetiva no plenário e nas comissões. Entre elas duas se destacam por suas formações, cultura e protagonismo político, as deputadas Jo Pereira e Fátima Canuto, por suas lideranças robustas e apoios em grande parte dos municípios, juntas com Ângela Garrote, com liderança própria na região Agreste. As deputadas Flávia Cavalcante e Cibele Moura, que venceram a eleição, ambas sem capilaridade política, mas através dos votos dos seus pais (Cicero Cavalcante e Abraão Moura), desempenham mandatos razoáveis e poderão conseguir a reeleição.
Fidelidade às favas
Nestes últimos dias de janelas partidárias, federações, coligações e coisa e tal, qualquer questão que se chame ideológica ou fidelidade está fora de contexto. Agora é um “salve-se quem puder” e cada um está procurando um lugar para chamar de seu. Segundo um velho políticojacaré vai se juntar com cobra d’água e no final vamos ver coisas que até o diabo duvidava. Você pensa que já viu tudo? Aguarde só pra ver.