Nos últimos anos, todos os Presidentes da República depois que deixaram o Poder, foram perseguidos e dois foram presos.
Lula governou nosso país por duas vezes. O primeiro governo foi razoável; o segundo foi ruim. Elegeu Dilma, que nunca foi simpática e sempre foi ridicularizada por jornalistas e o povo em geral. Apesar de ter sido guerrilheira, engenheira e Ministra do Governo Federal, era taxada de “burra”. Vi vários filmes na internet, cujo objetivo era zombar da pobre mulher. Foi cassada por descumprir metas orçamentárias, querendo ultrapassar o chamado teto. Hoje, as autoridades usam estratégias para fazer o mesmo. Ela ressurgiu das cinzas e ocupa alto cargo numa instituição internacional, indicada pelo governo do PT.
Lula, quando saiu da Presidência da República, foi perseguido, julgado e condenado inicialmente, por causa da reforma de um duplex em São Paulo. Depois foi solto. A Justiça descobriu, após vários anos, que o Moro não podia tê-lo julgado e enviou o processo para a primeira instância em Brasília. Deu a volta por cima e voltou a ser Presidente da República. Mas, é um homem amargurado, cheio de ódio e desejo de vingança.
Temer foi julgado, preso e depois absolvido. Sempre achei que era um homem inteligente, sagaz, habilidoso. Entretanto, passou por um processo judicial e deve ter sofrido.
Bolsonaro, depois que saiu do governo, não podia abrir a boca, que era indiciado num inquérito aberto no Supremo. E não só ele; toda sua família.
O grande pecado de Bolsonaro foi ter duvidado do processo eleitoral. Chamou a atenção de todos. Clamava pelo voto auditável, que era a confirmação da vontade popular. A oposição gritou pedindo a cabeça dele. Ele, não podia duvidar do Tribunal Superior Eleitoral.
As Forças Armadas entraram no processo para pedir a comprovação do voto digital. Mas, não foram atendidas e o Bolsonaro virou o grande vilão.
Homens, mulheres, idosos, foram ás portas dos quartéis pedir por eleições limpas, apoiando o Presidente da República. No fim, virou tentativa de golpe e centenas de pessoas foram presas em todo o Brasil e estão sendo julgadas e condenadas.
O papel das Forças Armadas nesse processo político foi complicado. Deixaram as pessoas gritando para o vento e não decidiram nada. Até hoje, o povo não entendeu a posição delas. Estão subordinadas a um Ministro civil, caladas, perseguidas pelo Governo Federal, por parte da imprensa, percebendo salários ridículos e com pouca verba de custeio. Como disse Lula dos comandantes em seu primeiro governo: “São Generais sem pólvora”.
Bolsonaro fugiu na última hora, não passou o governo ao sucessor, deixou os manifestantes desamparados e atualmente, não pode ser candidato a nada e vive falando para ouvidos moucos.
Voltou o Lula, segundo a esquerda, para salvar o Brasil. Fez uma campanha de ódio, trouxe de volta o Partido dos Trabalhadores e velhos políticos ligados a ele. Começou a governar gastando muito, viajando muito, querendo aparecer, Está velho, cansado, com ares de esquecimento em suas falas.
Depois de certo tempo, precisou fazer um acordo com políticos de centro e de direita. Tirou mulheres de cargos e colocou aliados do Centrão. O governo está uma mistura heterogênea. Ninguém entende ninguém e quem manda no país é um alagoano, Presidente da Câmara Federal.
Já vejo jornalistas ligados ao Lula, que lutaram pela queda de Bolsonaro e a eleição do atual Presidente, criticando severamente o torneiro mecânico que se tornou Presidente do Brasil.
Nas últimas décadas, quem se elege para o mais alto cargo do país, ao sair do Poder, vai ser perseguido, condenado e preso.
Quem vai querer ser Presidente da República, vendo exemplos tão negativos, sabendo que a política praticada no Brasil é a do “É dando que se recebe”?
Só se aparecer um maluco para arriscar sua vida. Vamos esperar.
Alari Romariz Torres
É aposentada da Assembleia Legislativa